Resumo

Esta escultura apresenta uma nova forma de estetização das ruínas que estão emergindo da Web atual, criada como um monumento aos frágeis, porém pervasivos, alicerces da Internet. Feita com concreto, fios, e peças eletrônicas obtidas de computadores obsoletos, a escultura exibe os resultados de um script programado para varrer a Internet em busca de URLs vazias e links apodrecidos, além de outras manifestações do que a artista chama de ‘entropia da Internet’, compondo esse desolador cenário repleto erros de servidores e perda constante de conteúdo.

O projeto interroga e confronta esta parte frequentemente esquecida e escondida da Internet, longe das grandes plataformas e interesses comerciais, apesar da ação entrópica só se intensificar no ciclo vigente de maior velocidade de conexão, melhorias de hardware, ‘web bloat’ e obsolescência planejada.

Por meio da metáfora escultural de ruínas arquitetônicas, é questionado quais seriam as características únicas da decadência na Internet e quais dessas características possuem paralelos com o mundo não-digital, indagando como tal presença ambígua e desoladora – que atrai ao mesmo tempo que repele – pode instigar estéticas alternativas que direcionam a atenção a tais fenômenos, ao invés de escondê-los de vista.